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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

PAPO FURADO - "VELHO DE GUERRA" OU "SANGUE NOVO"?

Por trabalhar em uma das maiores lojas de instrumentos musicais do Brasil, tenho contato com vários perfis de músicos: Desde iniciantes descolados, que não ligam para aquilo que estão comprando, contando que emita "som", aos perfeccionistas de ouvido absoluto, que precisam do silêncio mais "meditacional" possível na área de teste da loja, para não perder nenhuma nuance do instrumento. Cada um deles tem suas 'verdades', como: Ah, já não se fazem mais instrumentos como antigamente, nada soa como amplificador tal, meu professor falou que as guitarras de marca tal são melhores que as Gibson, ou Fender...

Em tempos de hoje, com a informação andando a milhares de quilômetros por segundo graças à internet, com a aparição de muitas novas marcas e formatos de instrumentos, amplificadores e efeitos, e com o monte de 'sabichões' que dizem entender disso ou daquilo melhor que todo mundo (leia-se você), a pergunta que não quer calar é: Quem tem razão? O cara que toca um instrumento vintage com um valvulado, ou o cara que tem um instrumento de Design moderno, domina o uso das pedaleiras digitais e usa um instrumento Midi? A marca tradicionalista ou o novo fabricante que quer ganhar espaço no mercado e traz novidades? E o que dizer de marcas que já estão no mercado há décadas e sempre chegam com novas tecnologias?

Temer o desconhecido é da natureza do ser humano. Mas, no que diz respeito a ferramentas contemporâneas, nós, músicos brasileiros, criamos um ceticismo tão grande que torna-se quase impossível quebrar as barreiras do preconceito. Exemplo disso foi ouvir de um cliente que os novos combos da Marshall soam bem diferentes comparado ao JCM800, e que por isso são ruins. Perguntei para ele se ele já havia testado as novas versões. Ele disse que não. Então qual foi a base para poder fazer esta afirmação? E qual seria o objetivo de um fabricante fazer por mais de "trocentas'' décadas o mesmo produto, sem nenhuma alteração ao original? O próprio JCM, quando lançado em sua época, soava diferente dos demais produtos. A diferença é que a chance de usufruir desta nova máquina foi aproveitada. Não deveríamos pensar em fazer o mesmo? Se continuarmos com essa mediocridade, vamos entrar em um estágio de alienação irreversível!

Grandes músicos como Tom Morello e Dimebag Darrell sempre ressaltaram a importância de ter novos parceiros criativos para as composições. Na própria biografia do nosso mestre, Jimi Hendrix, postada aqui  no SMT, diz que ele teve seu primeiro contato com o Wah graças a Frank Zappa. Ele poderia muito bem ter jogado o pedal de lado e dizer: "É só mais um efeito maluco!", mas preferiu explorá-lo. O resultado eu não preciso nem dizer...

Claro que devemos reconhecer a importância e a qualidade de vários produtos que fizeram a história da música. Mas precisamos seguir em frente. dar um passo a mais em busca da evolução musical. É isso, ou então voltar a nos comunicar por desenhos e sinais de fumaça.

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2 comentários:

  1. Não é só no mundo musical que exitem essas Gabrielas."eu creci assim eu nasci assim vou morrer assim Gabrieellaaaa" uhauaauuahauh infelizmente muita gente escolhe usar um cabresto e se fechar para novas ideias... é ae que se diferem as pessoas de sucesso das que ficam presas a conceitos que não vão leva-las a lugar nenhum!

    Curti o post Diego! uhauhauah até mais e não se esqueça de treinar socos correntes!!! uhauhauahuah

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  2. Vlw, Augusto! Pode deixar q eu vou treinar muito Tan Gerk também... hehehehehe

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